Ter um amigo é maravilhoso
Ser amigo, de alguém
Ainda é melhor
É como acordar
e sentir o sol a brilhar
Um amigo é alguém
com quem se está bem
Mas um amigo é muito mais do que isso!
É alguém que pensa em ti
quando não estás aqui
Alguém que bate com os dedos na madeira
quando tu tens de fazer coisas difíceis
Nunca se está realmente só
quando se tem um amigo
Um amigo ouve
o que tu dizes
e tenta compreender
o que não sabes dizer
Mas um amigo
não está sempre de acordo contigo
Um amigo contradiz-te
e obriga-te a pensar honestamente
Um amigo gosta de ti
mesmo que faças asneiras
Um amigo ensina-te
a gostar de coisas novas
Não terias imaginado essas coisas
se estivesses sozinho
Amigo é uma palavra bonita
É quase
a melhor palavra!
Um amigo é alguém
Que tem sempre tempo para ti
quando apareces.
Toda a gente pode ter um amigo
Mas não vivas tão apressado
Que nem vejas
Que há alguém que quer ser teu amigo
Um amigo, é alguém
que é para ti uma festa
alguém que pensa em ti
e te ouve
e te ajuda a saber o que tu és
Alguém que te ajuda a descobrir as coisas
alguém que está contigo e não tem pressas
Alguém em quem tu podes acreditar!
Quem é o teu amigo?
Leif Kristiansson,
(trad. Sophia de Mello Breyner Andresen)
quinta-feira, 30 de abril de 2009
domingo, 26 de abril de 2009
sexta-feira, 17 de abril de 2009
À la recherche du monde (ou uma criança no estrangeiro)
Eu e o meu filho fomos visitar o pai nas férias e aproveitámos para passear um pouco. Apesar de conhecer a resistência do meu filho, não consegui evitar espantar-me com a forma como aguentou as viagens e os dias de passeio intenso. Obviamente chegava à cama e adormecia de imediato, mas durante o dia era vê-lo correr à nossa frente, perguntar tudo, querer ver tudo e, claro, querer comer tudo, especialmente se fosse doce. Confesso que houve momentos em que pensei que teria sido mais fácil não o levar, porque é cansativo viajar com crianças e porque obriga a algumas adaptações no passeio (sobretudo para nós, que gostamos de andar a pé). No entanto, parece-me que a experiência que lhe proporcionámos e o modo como ele reagiu a tudo justificam plenamente que continuemos a levá-lo connosco. Desde o museu dos dinossauros, ao jogo de memória com os quadros de Van Gogh e à aventura da mudança de barco nos canais de Amesterdão, passando pelo "chocolat chaud", pela fruta dos mercados de Bruxelas e pelas mudanças de meio de transporte (autocarro, metro, comboio, eléctrico, avião), tudo foi uma novidade. Já para não falar na experiência de estarmos noutro país, com uma língua diferente (Pai, como é que pergunto àqueles meninos se posso jogar futebol com eles?) e muitas culturas diferentes (Mãe, por que é que aquelas senhoras têm um lenço na cabeça?). E, no fim, quando lhe perguntámos do que é que tinha gostado mais: a casa da menina que esteve escondida dos maus atrás duma estante e que depois foi descoberta e morreu, ou seja, a Anne Frank.
Não sei o que é que ele vai recordar da viagem daqui por uns tempos, mas certamente saberá que há um mundo grande e diferente lá fora, para lá das fronteiras da nossa vida quotidiana. E acredito que isso contribuirá para fazer dele melhor pessoa. Por isso, continuaremos a levá-lo.
quarta-feira, 15 de abril de 2009
segunda-feira, 13 de abril de 2009
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