Primeiro queremos mudar o mundo. Depois percebemos que isso não vai acontecer, mas ainda acreditamos que podemos fazer a diferença. Se vemos que as coisas estão erradas e como podem ficar melhores, devemos dizer, certo? Errado. Nem sempre. Às vezes é melhor calarmo-nos para evitarmos chatices. E quando pensamos que aprendemos a lição, damos por nós outra vez a falar demais. A dizer exactamente o que pensamos, a tentar corrigir o que não nos parece bem. Devia ser uma coisa boa, não devia? Errado, outra vez. Apenas mais chatices. E incompreensões. Mas como é possível que não vejam que temos razão? Não só é possível, como ainda somos mal interpretados. Ao fim de tanto tempo, ainda não aprendemos a não refilar com os disparates, a ignorar as incongruências, a deixar andar. Era mais inteligente. Tornava a vida mais fácil. E assim se desfaz o mito de que aprendemos com os nossos erros.
Um dia vou aprender a calar-me, juro que vou.
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