sábado, 17 de janeiro de 2009

A criança e a cadela

Onde é que eu tinha a cabeça quando resolvi arranjar uma cadela? Às vezes, claramente, não penso. Deixei-me levar por aquela ideia do "olha que giro, temos uma cadelinha" e, pronto, tramei-me. Não é que eu não acredite que isto vai melhorar, mas, por enquanto, têm sido uns dias um tanto alucinantes. A juntar à minha inexperiência com animais e ao facto da cadela ser pequena e irrequieta, temos o Alex. O Alex gosta da cadela e tem persistentemente (há que reconhecer-lhe esse mérito) tentado estabelecer uma relação com ela, mas isso não tem sido fácil. Por isso, as brincadeiras dele com a cadela acabam invariavelmente com ela a tentar morder-lhe as canelas e ele aos gritos a chamar por mim. Não consigo (e juro que já tentei, várias vezes) explicar-lhe o que corre mal e porquê. Portanto, estamos neste impasse: a criança e a cadela têm dificuldade em conviver e parecem disputar o meu tempo e espaço. Em consequência disso (e do muito que me tenho zangado - por este e por outros motivos - com a criança por estes dias), o meu filho tem ciúmes da cadela. Primeiro, eram só ciúmes do tempo e atenção que eu dedico à bichinha; agora, são também ciúmes da cadela gostar mais de mim do que dele. É ouvi-lo dizer: "Tu só te zangas comigo, não te zangas com a cadela" ou "tu combinaste (reparem no verbo "combinaste") brincar com a cadela e não vais brincar comigo" ou "tu queres que a cadela goste só de ti". E não adianta explicar-lhe que é diferente. Imagine-se se fosse um mano.

2 comentários:

Rita Silva Avelar disse...

Tem que deixar de combinar brincar com a cadela, está-se mesmo a ver! :)
Hug

Catarina disse...

Também me parece Rita!
Não há-de a criança ter ciúme (;
Beijinho *