quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

O baterista



No fundo do palco, o baterista olha atentamente para o maestro à espera do sinal para começar. Vestido de preto, cabeça rapada e piercing, o seu aspecto adequa-se mais a uma banda de heavy metal do que a uma banda filarmónica e, no entanto, faz sentido vê-lo ali. Sentada na plateia a vê-lo tocar, penso: "O Luís está um homem.".
O Luís era um rapazinho do 7ºano quando o conheci. Um rapazinho preguiçoso, que passava as aulas a desenhar em vez de fazer os trabalhos. Um rapazinho inseguro, que afastava os outros por medo de não ser aceite. Um rapazinho a tentar lidar com o crescimento, à procura de quem era e do que gostava. Um rapazinho a precisar de atenção.
O rapazinho cresceu. Descobriu o mundo. Descobriu aquilo que gosta de fazer. Descobriu o amor. Encontrou um espaço para si. Há um mundo de potencialidades dentro dele que tem vindo a explorar. Lentamente, um pouco a medo, porque nem sempre acredita no que pode fazer.
O rapazinho é agora um homem. É esse homem que olho com orgulho. O orgulho de quem o viu crescer e acreditou nele.

Boa sorte, Luís.

1 comentário:

Jane Doe disse...

eu acreditei...e posso dizer k esse outrora rapazinho é agora tambem o meu homem! =')juntos aprendemos a viver, crescemos, experienciamos algumas das felicidades e dores da vida (...ainda somos tao novinhos...) e continuaremos a faze-lo até ao fim das nossas vidas!

nao existe apenas o amor homem/mulher...existe tambem o nosso, um dos mais fortes e resistentes de todos: o amor de irmao/irma!

tenho muitas saudades das nossas conversas, minha querida professora teresa (voz de menina tomboy) e ainda mais pena de termos perdido o contacto...tal como eu andei perdida nos meus pensamentos e nas minhas descobertas! =|
mas vamos recuperar o tempo perdido, pois nao nos podemos desprendar da realidade e a realidade é que muito mais que minha professora, sempre foi uma grande amiga...uma amiga que eu nunca esqueci nem esqueço!

beijinho***