segunda-feira, 4 de agosto de 2008
À espera
Estou sentada no degrau de tua casa. À espera. Não sei há quanto tempo aqui estou. Um dia vais abrir a porta. Tu prometeste, por isso eu sei que vais. Entretanto fico aqui sentada. À espera. Lá dentro o teu mundo. Aqui fora, eu. Imaginando como será lá dentro. Fechaste a porta devagarinho. Pediste desculpa. Não faz mal. Vou continuar aqui sentada. À espera. Por vezes, abres um pouco a porta. E posso ver como é lá dentro. Só um pouquinho. Depois, tudo o que posso fazer é continuar aqui sentada. À espera. Um dia tu vais abrir a porta. E deixar-me entrar no teu mundo. Se isso nunca acontecer, terei sempre o tempo que passei sentada no degrau de tua casa. À espera.
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