sábado, 21 de fevereiro de 2009

MÃE

Algures no mundo o meu filho tem outra mãe. Não gosto de pensar nisso, mas ela existe. E um dia ele vai querer procurá-la. Vai querer respostas para perguntas que não saberei responder. E esse vai ser o grande teste ao nosso amor. Saberei deixá-lo ir sem dramas? Será o nosso amor suficiente para ele ir e voltar? Será o apelo do sangue mais forte do que quero acreditar? Na verdade, o que é que liga pais e filhos? O que é que faz com que, apesar das guerras e dos desentendimentos, a relação resista? A genética? O amor? Os anos que passamos a educá-los? Prefiro pensar que o sangue não é assim tão importante mas... Definitivamente não gosto da ideia de que existe outra "mãe" (biológica, ou outra coisa qualquer). Ele é meu. Eu sou a MÃE. Mas espero, quando o momento chegar, saber deixá-lo ir. Confiar nele, confiar em nós. Ele vai crescer e fazer a vida dele e o que eu quero mesmo é que ele volte sempre, porque eu sou a mãe dele mas sobretudo porque este é o seu porto seguro.

1 comentário:

Rita Silva Avelar disse...

E voltará. Porque nunca chegará a "ir".